
Desde os primórdios de nossa civilização, abnegados missionários sob a orientação de Jesus, vêm reencarnando na Terra com o objetivo de nos auxiliar com o progresso moral e intelectual. Respeitando o “livre arbítrio”, individual e coletivo, esses espíritos evoluídos gradativamente têm colaborado, para que a nossa jornada terrena seja amenizada. Entretanto, nem sempre esse objetivo é alcançado, à exemplo do que ocorreu com o profeta Maomé, enviado por Jesus para restaurar a sua mensagem redentora, devido aos desvios da igreja na Europa. Independentemente da assistência de seus mentores espirituais, Maomé se deixou envolver pelos espíritos obsessores, assinalando mais uma vitória das trevas contra a luz (A Caminho da Luz, Emmanuel e Chico Xavier).
Como a Europa, super civilizada, havia assumido um carma coletivo pesadíssimo ao longo de sua história, sem perspectivas de atenuar os conflitos bélicos, Jesus no final do século XIV, verificou a necessidade de estabelecer outro local (Brasil), para atuar como o centro da divulgação de sua Boa-nova. Determinou, então, a formação de uma nova raça, sem os vícios da sociedade europeia, que deveria ser composta, pelos índios, ainda primitivos. Essa nova raça serviria, de base para o recomeço na difusão do cristianismo renovado. Na formação desse “amalgama racial”, além dos europeus e dos índios, também fariam parte dessa cultura, os negros africanos. Devido ao atraso moral da época, os portugueses escravizaram os índios, e posteriormente, os negros africanos, assumindo um carma coletivo. Mas, de acordo com a “Justiça Divina”, todos aqueles que exploraram os escravos, reencarnaram na pele africana, conforme a “lei de causa e efeito”. A dificuldade em atenuar a ferocidade dos portugueses foi tamanha, que Jesus permitiu a invasão holandesa, para “ensinar” aos portugueses como realizar uma colonização mais humanizada. Eles permaneceram pouco tempo no Brasil, pois essa missão pertencia a Portugal (Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho, Humberto de Campos e Chico Xavier).
Essa mistura de raças se assemelhou à formação das ligas metálicas, que, até atingirem o ponto “ideal”, precisam escoimar, os efeitos indesejáveis. É justamente isso o que vem ocorrendo há séculos com o nosso povo. Embora as virtudes que a nossa alma imortal adquire, em qualquer grupo racial, sejam conquistas que dependem do esforço próprio de cada um, a influência do meio, durante a miscigenação e o processo reencarnatório, resultaram em uma nova etnia. A superação dos defeitos morais trazidos pelos europeus, tem sido gradativamente alcançada, mantendo-se as suas virtudes, à exemplo, das responsabilidades sociais e das habilidades tecnológicas. A simplicidade do índio (ainda primitivo) permitiu que essa virtude se consolidasse na alma do brasileiro.
De acordo com o espírito Humberto de Campos, os negros africanos que vieram como escravos, eram espíritos que por séculos se encontravam nas regiões purgatoriais do umbral (antigos batalhadores das Cruzadas, senhores feudais da Idade Média, padres e inquisidores). Não obstante, se encontravam em condições de colaborar na formação dessa nova raça, pois já teriam se purificado no sentimento da humildade e da mansidão, de modo a fortalecer em nosso povo, a solidariedade e a fraternidade. Deus é um Pai Bom e justo; embora exista injustiça no mundo, não existem injustiçados. Mesmo com todo apoio de nossos mentores espirituais, devido ao atraso moral de nossa humanidade, ainda existe no Brasil, os preconceitos raciais, assim como os sociais e os religiosos; mas não existe paralelismo com o racismo existente em outras regiões (Europa, EUA, África do Sul etc.), graças as virtudes das raças indígenas e negras, que fazem parte da nossa etnia, e tornaram o Brasil a nação mais generosa e fraterna do mundo.