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Após a ceia do cenáculo, Jesus fez uma oração fervorosa à Deus: “Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti, assim como lhe deste poder sobre toda carne, para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste. E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste. Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer. E, agora, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse”. (João, 17:1-5). Na sequência, ele se retirou para meditar e orar no Horto das Oliveiras, acompanhado por Pedro, Tiago e João (Marcos, 14:33). Contudo, o Mestre que havia se afastado do grupo, ao voltar, os encontrou dormindo (Mateus, 26:43). Sobre esse episódio, o Espírito Humberto de Campos (XAVIER, F. C. Boa Nova, cap. 27), diz que, após a sua desencarnação, o Espírito Jesus de Nazaré transmitiu uma mensagem a João, esclarecendo que a sua solidão no horto é também um ensinamento do Evangelho e uma exemplificação, significando que cada pessoa na Terra tem de ascender sozinho ao calvário de sua redenção, aprendendo a necessidade do valor individual no testemunho, nunca deixando de orar e vigiar.

Nessa oração, Jesus fez a sua última revelação em vida, confirmando que somos Espíritos imortais e que ele não é Deus, mas nosso irmão, criado da mesma forma como toda a Humanidade. O fato de ele ter realizado prodígios é devido ao seu nível evolutivo. Fomos criados simples e ignorantes, evoluindo através de inúmeras reencarnações, até nos tornarmos Espíritos puros. Jesus evoluiu em outros planetas, e tinha consciência disto: “eu já não estou mais no mundo, mas eles estão no mundo” (João, 17:11), recebendo de Deus a missão de coordenar a criação da Terra há mais de quatro bilhões e meio de anos. Designado como governador espiritual de nosso planeta, é o responsável pelo nosso processo educativo. Em sua prece, Jesus afirmou que existe apenas um Deus, o que deve servir de ponte ecumênica para as diversas religiões existentes, pois, não existe um Deus exclusivo para uma nação, conforme entendem algumas seitas religiosas. Os dogmas religiosos e rituais que foram criados pelos homens, associados as interpretações equivocadas das revelações dos profetas e de Jesus, é a causa das divergências e lutas religiosas ainda existentes. Lamentavelmente, mesmo sendo judeu e falando para os judeus, Jesus não foi reconhecido por eles como o Messias. A reação da comunidade judaica na época, que esperava um líder que os libertasse da submissão ao império romano, foi de frustração, pois, não conseguiram entender o significado de sua crucificação. Segundo o médium Chico Xavier (NOBRE, M. R. S. Lições de Sabedoria, cap. 5), os judeus não compreenderam que o seu martírio foi um testemunho de amor à Humanidade. Os indivíduos interessados no poder humano, não conseguiram entender um líder que se deixou sacrificar a fim de fortalecer os sentimentos de amor e humildade, serviço do próximo e esquecimento de nós mesmos pelo bem dos outros, aliás, que nos garantem a paz e a felicidade no relacionamento comum. O fato de Jesus, durante a sua exortação a Deus, citar que o seu Espírito existia antes da criação do mundo (João, 17:5), confirma a tese da preexistência da alma, conforme ensinado pelo Espiritismo. Este dogma é a base da justiça divina, onde através da reencarnação, colhemos o que plantamos. Isto esclarece a grande diversidade de aptidões entre os indivíduos, como as diferenças entre riqueza e pobreza, saúde e doença, inteligência e estupidez etc. Não existem privilégios e todos têm a oportunidade de vivenciar as provas inerentes a sua necessidade evolutiva. O Mestre ainda mencionou que cumpriu a sua tarefa, mas pela sua humildade, não se exaltou, deixando a posteridade analisar os seus feitos.

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